quinta-feira, 26 de junho de 2008

Os hoteis

Desde que chegamos ao estado da Baia, todos os nossos hoteis e pousadas eram de donos Franceses. É curioso como o investimento turistico no Brasil está a ser feito por estrangeiros não lusófonos. Por acaso a influência Francesa pelos sitios onde passamos teve um efeito muito positivo na qualidade geral das instalações, ambiente, atendimento e requinte.

Tem alguma piada o contraste entre estes sitios e o que se passa à porta deles. Enquanto no restaurante da pousada em Salvador serviam uns bifinhos minimalistas com umas ervinhas aqui e ali, com uma batatinha que mal cabia na cova do dente mas bem bonitinha e encostadinha milimétricamente ao canto do prato, a três metros da porta da pousada estavam a fazer um grande churrasco com "tudo" ao monte, arroz, feijão, farofa, etc etc. É esta "bandalheira" ordenada que nos liga a nós Portugueses ao Brasil.

Visita a Salvador


Estivemos três dias em Salvador, dois quando chegamos do Rio de Janeiro e mais um quando chegamos de Boipeba. O nosso hotel era mesmo no centro histórico na zona do Pelourinho, a uns 20 metros da casa do Jorge Amado.

A cidade de Salvador é uma cidade histórica, antiga, mas ao mesmo tempo acolhedora e alegre. É possivel fazer alguns paralelismos com o Porto mas não na côr e na alegria pois isso é um exclusivo Brasileiro. É engraçado que esta foi a única grande cidade do Brasil em que não se sente que se é engolido pelo betão ou pela realidade.

Somente aqui é que fomos abordados na rua pelos locais, quase sempre a pedir ou a vender pequenas lembranças típicas da cidade. Na China eramos olhados na rua com admiração (havia um não sei quê de estranho nos nossos olhos), em Salvador eramos olhados com cobiça (lá vem o turista com $€£). Fizemos por uma vez aquilo que tinhamos dito que não faziamos: oferecer algo a um pedinte. Fizemo-lo a uma criança que não queria dinheiro, queria leite. Claro que deu para ver no miúdo fazia aquilo por sistema e situações dessas só são possíveis por culpa de turistas como nós. Com tanta riqueza, com tanta beleza, com uma côr e alegria contagiante, como é possível que o Brasil seja tão desigual?



















- Uma baiana em tamanho XXL
















- Pelourinho




















- Casa de Jorge Amado
















- Vista sobre a cidade velha
















- Ruas de Salvador à noite



















- As cores de Salvador




















- Uma Baiana vestida com traje tradicional




domingo, 1 de junho de 2008

Salvador


Chegamos a São Salvador da Baía. Uma cidade lindissima no norte e provavelmente a mais portuguesa do Brasil. O plano era ficar dois dias a visitar a cidade o que é pouco tempo para um sitio com tanto para ver. Foi aqui que encontramos pela primeira vez aquele Brasil que nós sabiamos que existia mas que ainda não tinhamos visto, o Brasil que convive indiferente com a pobreza. Depois de assistir a cinco minutos na televisão brasileira de uma sessão parlamentar eu até acho que a coisa não está má de todo!